Partindo da premissa de que a nomenclatura “Celebridade” expressa fama, renome e notoriedade, entendo que é fundamental que haja um filtro no conceito que alguns expõem sobre a questão. Existem aqueles que buscam celebridade como se fosse o alvo primordial de suas vidas. Fizeram desta busca famigerada uma espécie de psicose. Lamentavelmente, alguns conseguiram seus intentos e estão em evidências, mas, de uma forma psicótica e doentia. Quando tais pessoas saírem do pódio, poderão cair no tédio ou até mesmo desistirem da vida, porque fizeram dessa “glória” o alvo predominante de suas vidas. Isso é perigoso!
Aqueles que buscam tal “relevância” dessa forma doentia e não conseguem, também se tornam frustrados, pois não conseguiram o que mais desejavam para suas vidas. Para essas pessoas, aconselhamos desistirem dessa corrida ao tão almejado destaque, e se igualarem aos “destaques” da simplicidade e do amor, e que observem a existência de inúmeros destaques, que não necessitaram fazer nada forçado para que fossem notados, entretanto, não se diferenciam nem necessitam de um pedestal para que outros os aclamem como celebridades.
Por outro lado, existem pessoas que se tornaram celebridades, pelo trabalho que apresentam, pela luta que se envolveram, mas que em suma, a celebridade não se constituía o alvo ou a busca maior de seus intentos. Levaram a sério e foram perseverantes no que se propuseram a fazer, tornando-se celebridades. Note que há uma diferença de enfoque entre uma e outra. Este último demonstra que a fama veio à tona oriunda de um trabalho ou uma causa, o outro, pode ter se tornado, simplesmente porque existia um desvio dentro de si, elegendo uma causa como um embusteiro para sua subida. É incrível, mas alguns se projetam dessa maneira. Dentre aqueles que consideramos celebridades verdadeiras, podemos citar, pessoas que se envolvem em causas sociais e que sem ousar tal pretensão alcançam o degrau. Músicos com talentos comprovados e pessoas que se consagraram através de seus dotes e suas simplicidades, como cantores, pregadores, pastores, políticos, escritores, professores, cientistas, pesquisadores, teólogos, compositores, padres cantores etc. Poderíamos citar uma lista infinda de nomes que estão nos pódios hodiernos.
A questão da fama atual abrange tanto o secular quanto o sagrado, mais precisamente, o grupo que não se importava com tal evidência, isto é, os Evangélicos. E o mais intrigante e assustador é quando ocorre essa busca psicótica pela fama entre os evangélicos. Isso é bem diferente de alguém que exerce o ministério dado por Deus com bastante desenvoltura e dedicação gerando como conseqüência à fama que glorifica a Deus. Para o Homem e a Mulher de Deus essa projeção sempre será para Glória de Deus. O contrário será sempre efêmero, contendo um final doloroso.
Se espiritualizarmos ou teologizarmos a questão em pauta, diríamos que o fato de se ter Cristo na vida, é ter uma celebridade dentro de si que se destaca com as atitudes e o exercício de um verdadeiro cristianismo. Assim todos os cristãos seriam celebridades porque neles, a verdadeira e eterna celebridade seria sempre manifesta. E todos seriam Um como Jesus desejou (Jo 17. 22). Sejamos então essas celebridades diferenciadas daquelas celebridades psicóticas. Paulo disse: “... Não vivo eu, mas Cristo vive em mim...” (Gl 2.20).
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